segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Olhar para você...

Olhar para você não só alimenta minha alma, minha sede de felicidade. Hoje, olho para você e lembro do começo, do primeiro dia, da primeira vez em que te vi. Engraçado porque quando vi você não escutei música, som de estrelas no céu... nada de acordo com os filmes românticos de sessão da tarde. Mas quando meus olhos encontraram os seus, senti algo diferente. Você não estava dentro “dos meus padrões de beleza exigentes para um rapaz solitário”, porém, você - como o amor nasce no inesperado e no silêncio do cotidiano (eu já disse isso, mas não canso de dizer “o amor nasce no silêncio do cotidiano” – risos), foi chegando, foi conquistando-me a cada sorriso, a cada olhar, a cada palavra, até mesmo a cada silêncio. Logo eu que falo tanto, mas “os seus silêncios” tem o poder de me desarmar, me desnudar. Hoje, pegar na sua mão e saber que não estou só, saber que tenho alguém ao meu lado para apoiar-me nos momentos mais difíceis, faz-me pensar que valeu a pena esperar. Contudo, ainda me pego pensando. Onde você estava que não te vi antes? Por que você me deixou só, me deixou “sem você” durante tanto tempo? Hoje, você olha para mim, beija-me, sorri e diz: Eu não te deixei só nem esperando, eu apenas estava aqui, você que nunca me viu! Então, foi preciso esperar para que você estivesse pronto para me enxergar!

sábado, 13 de outubro de 2012

Psiu! Ei, ei, calma!

Você me diz cada coisa! Dá vontade de rir… e, às vezes, de chorar também. (Quer mais um copo?) Sabe por que digo isso? Eu estava me lembrando do dia em que nós começamos a namorar. Você me beijou sem eu esperar. Sem esperar você entrou em minha vida, ne? Logo eu, tão decidido, tão certo de tudo e de todos. Pela primeira vez, acredite, alguém se decidiu por mim de maneira assim tão decidida! (Enquanto conversamos, você fica alisando minhas costas – adoro esse carinho, e você sabe!) Eu me lembro de que eu me sentia moderno, livre e pela primeira vez recebi flores de um homem. Pela primeira vez alguém me disse, baixinho, mas na frente de outras pessoas – e isso fez aquela frase parecer um grito- “I Love you”. E depois dessa “vergonha”, pois eu não sabia lidar com isso ainda, eu comecei a falar, falar… e você sorriu. Daquele jeito que só você sabe fazer! (Você sorri!) Sim, desse jeito, agora! Você sorriu, colocou o dedo em minha boca e disse: “Psiu! Ei, ei, ei, calma! Por que o medo? Por que tudo isso? Eu já me decidi por você. É isso o que importa. Não importa se você vai gostar, aceitar. Não importam os outros. O importante é que eu me decidi por você antes mesmo de decidir por mim mesmo. Decidir ser cura, ser alívio, ser bálsamo para as suas cicatrizes. Sim, sei que você tem dores. Eu também tenho as minhas. Mas hoje, elejo as suas, como alvo de meu amor. Deixe-se amar, menino! Eu estou aqui e isso é o que importa!” Você, calado continua. Mas me abraça, chega bem perto. Olha nos meus olhos – e eu mergulho na imensidão desses olhos cor de mel – e me diz: “Eu escolhi você porque o seu amor é imperfeito. E eu cansei de amores perfeitos, cansei de ilusões. Na verdade, cansei de lutar com espelhos. Hoje, quero a doce certeza de estar ao seu lado para juntos errarmos a cada batida do nosso coração. E, assim, verter cada erro em aprendizado, em história, em verdade, em amor – somente eu e você! Deixe-se amar, repito, isso é tudo!” Escrito por Luiz Carlos Filho em 19/07/2012 ouvindo “A thousand years”.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Sou contrário.

Sou música para relaxar. Sou música para dançar. Sou estalo de dedos e embalo do corpo. Sou sorriso no canto da boca. Sou gargalhada de alegria com dores na barriga. Sou alegre de manhã e também sou abusado durante a tarde. Sou espaçoso, mas também sou quieto. Sou misto de dor e de alegria. Sou calmo, mas também ansioso. Consigo guardar segredos e falar baixinho, amo conversar e falar alto, às vezes. Sou contradição. Sou coerência. Sou cheio de imperfeições e contrastes. Sou contrário. Também sou avesso e o lado certo. Mas qual o lado certo? O que é certo? Sorry, não tente me enquadrar na sua caixinha de rótulos. Eu sou feliz por ser essa mistura de mim mesmo que se surpreende a cada manhã e a cada noite. Um pouco de mim, você já deve ter, pois um pouco de ti já tenho, justamente, porque você entrou em minha vida e viu isso: me viu assim, sem roupa, sem pêlo, sem pele... você viu a alma. Viu? Então, veja logo. Porque daqui a pouco eu me reinventarei!